American Airliner Plane

segunda-feira, 30 de novembro de 2015

HISTÓRIA DE UMA PROFISSÃO - COMISSÁRIA DE VOO - AS PIONEIRAS


O Comissário de Voo é um dos tripulantes mais importantes a bordo de uma aeronave de passageiros. 
Longe de serem simples atendentes dos passageiros, eles são responsáveis pela segurança de todas as pessoas a bordo, inclusive dos demais tripulantes. 



Desdenhados, às vezes, por alguns pilotos e passageiros como "garçons" ou "garçonetes" de avião, sua função vai muito além disso. Na verdade, comissários e comissárias de voo já salvaram dez vezes mais pessoas que o total de vítimas fatais da aviação desde o início de sua história, e raros foram os casos em que a atuação dos comissários foi realmente desastrosa.

Quando os aviões começaram a prestar serviços comerciais, na década de 1920, o pequeno espaço disponível a bordo, praticamente inviabilizava a manutenção de um tripulante de cabine. 
Os passageiros eram atendidos pelos pilotos, que entregavam um "serviço de bordo", muitas vezes reduzido a chicletes (para equilibrar a pressão interna dos ouvidos), enormes chumaços de algodão (para proteger o ouvido do ruído produzido pelos 
motores) e sacos de indisposição, de papel encerado, e depois, de plástico.
Algumas empresas contratavam atendentes, em geral adolescentes ou pessoas de baixa estatura para acalmar passageiros nervosos, carregar bagagens e ajudar as pessoas a se acomodar. Eram sempre do sexo masculino. Tais tripulantes tinham pouco ou nenhum treinamento para isso e somente atendiam a bordo das maiores aeronaves. Não era raro que o copiloto acumulasse as duas funções. 

As empresas Daimler e Stout foram as pioneiras em contratar tais tripulantes, a partir de 1922.

Ellen Church - Considerada primeira comissária de voo

Em 1930, um executivo da Boeing Air Transport (antecessora da United Airlines), Steve Simpson, de San Francisco, auxiliado por uma enfermeira, Ellen Church, propôs um novo tipo de atendimento. 
Ellen Church, natutal de Cresco, Iowa, então com 26 anos de idade, era enfermeira e piloto de aeronaves, mas logo percebeu que a empresa não iria contratá-la como piloto. Conseguiu convencer Simpson da necessidade de uma enfermeira a bordo dos aviões para ajudar os passageiros que passavam mal, algo relativamente comum até então. 
Os aviões da época não eram pressurizados, voavam baixo, em ar turbulento, e eram muito barulhentos. O nervosismo dos passageiros era outro problema sério.

As oito primeiras Comissárias da Boeing

Simpson gostou da ideia, já que a simples presença de uma enfermeira a bordo já serviria para acalmar passageiros mais nervosos. 
Contratou Ellen Church como chefe das comissárias de voo da empresa. 

Sete outras comissárias, todas enfermeiras, foram contratadas por um período inicial de experiência de três meses.

Ellen Church, Margaret Arnott, Jessie Carter, Ellis Crawford,  Harriet Fry, Alva Johnson, Inez Keller e Cornelia Peterman.

A Boeing Air Transport denominou essas comissárias de "Sky Girls" (meninas do céu). Os requisitos de contratação eram rigorosos: a candidata não deveria ter mais de 25 anos, devia ter menos de 5 pés e 4 polegadas de altura (aproximadamente 1,62 m) e menos de 115 libras de peso (aproximadamente 52 Kg). 
Embora tal requisito não estivesse escrito em nenhum lugar, a candidata deveria ser atraente, pelo menos aos olhos do responsável pela contratação, já que a Boeing planejava uma jogada de marketing ao introduzir comissárias nas suas tripulações para atrair mais passageiros.


O Boeing 80A


Comissária atendendo passageiros a bordo de um Boeing 80A

Nessa época, as comissárias deveriam se aposentar ao completar 31 anos de idade.
A experiência foi bem sucedida, e outras empresas aéreas logo imitaram a iniciativa.
Como contratar exclusivamente mulheres não era o ideal, especialmente em uma época ainda muito "machista", muitos homens também foram contratados, especialmente nas empresas europeias, e pouco tempo depois deixou-se de exigir a qualificação de enfermagem para o exercício da profissão. A exigência de baixa estatura e baixo peso, no entanto, perdurou até que as empresas começassem a usar os jatos, no final da década de 1950.

O salário inicial das comissárias de voo era bastante atraente, na época: 125 dólares por mês. Nessa época, pouco glamour cercava a profissão: as comissárias tinham que distribuir e recolher os saquinhos de indisposição, verificar eventualmente a pressão arterial dos passageiros, ajudar a reabastecer a aeronave, conferir os bilhetes de passagem, consertar assentos quebrados durante o voo e ajudar os pilotos a empurrar o avião para dentro do hangar, ao final da jornada.


A United homenageou as 8 primeiras comissárias colocando seus nomes nesse avião, um Boeing 747-122
Ellen Church trabalhou como comissária na Boeing durante apenas 18 meses.
Um desastre de automóvel a afastou do voo e da Boeing. Voltou a trabalhar como enfermeira, mas seus dias na aviação ainda não tinha terminado.
Durante a Segunda Guerra Mundial, serviu no Corpo Aéreo do Exército dos Estados Unidos como enfermeira de voo, e foi condecorada com a Air Medal pelos serviços prestados durante o conflito na Europa e no Norte da África.

Hellen Church durante a Segunda Guerra Mundial, no Exército               

Após a Guerra, estabeleceu-se como enfermeira em Terre Haute, Indiana. Em 1964, aos 60 anos de idade, casou-se com Leonard Briggs Marshall, Presidente do Terre Haute First National Bank.

Infelizmente, um ano depois, no dia 22 de agosto de 1965, exatamente um mês antes de completar 61 anos, Hellen Church veio a falecer ao cair de um cavalo.

Aeroporto Ellen Church, em Cresco, Iowa

Em sua homenagem, o aeroporto municipal de Cresco, Iowa, sua terra natal, foi batizado com o seu nome.

Comissária da Imperial Airways recebendo seus passageiros, na década de 1930

No Brasil, as companhias aéreas somente passaram a contratar comissários após a Segunda Guerra Mundial, embora se saiba que algumas empresas chegaram a fazer experiências com esses tripulantes ainda durante as décadas de 1930 e 1940.

Turma de comissárias recém-formadas da Varig, 1960

As empresas pioneiras na contratação de comissários foram a Varig, a Real e o Lóide Aéreo. A Varig só contratava homens, mas a Real e o Lóide empregavam muitas mulheres na função. A Varig somente começou a contratar mulheres quando estava para iniciar os voos internacionais para Nova York, em 1954. Os aviões empregados na rota, os Lockheed Super Constellation, tinham leitos para os passageiros, e não era conveniente que comissários do sexo masculino atendessem mulheres e crianças nesses leitos. Posteriormente, as mulheres passaram a predominar na profissão.

Comissária de um Super Constellation, com o seu elegante uniforme de inverno


Uma dessas pioneiras comissárias da Varig, Alice Editha Klausz, era bibliotecária até que que a Varig anunciou que contrataria comissárias, em 1954, para atender a linha de Nova York. Como era uma linha internacional, a empresa exigia que a candidata dominasse pelo menos dois idiomas, coisa raríssima na época. Depois de aprovada em rigorosas provas, Alice passou a voar na Varig, e foi ela quem escreveu todos os manuais usados pelos comissários da Varig, tarefa que lhe foi incumbida, pessoalmente, pelo presidente da Varig, Ruben Berta, que colocou à sua disposição um escritório completo e várias datilógrafas. Alice se aposentou da Varig aos 35 anos de serviço, em 1989, mas sua carreira como comissária de voo estava longe de terminar. Ela se candidatou à função no Proantar - Programa Antártico Brasileiro, por sugestão de um amigo.
Alice foi aprovada, e passou a atuar como comissária de voo nos Lockheed C-130 Hércules da Força Aérea Brasileira.

Hercules C-130 da FAB na Antártica: uma comissária a bordo


Alice Editha Klausz, comissária há mais tempo na função, no Brasil, e quem sabe do mundo inteiro, também considerada a tripulante civil mais idosa.

Comissárias da Brannif nos anos 60 


Até hoje, as mulheres predominam na profissão!




segunda-feira, 23 de novembro de 2015

O AIRBUS A380 POUSA EM GUARULHOS


O Maior avião comercial do mundo, o Airbus A380, pousa em Guarulhos...

Há Cerca de oito anos desde que a primeira unidade do Airbus A380 começou a operar, em 2007, o primeiro pouso comercial de um desses colossos no Aeroporto Internacional de Guarulhos aconteceu no sábado (14). Contando com 72 metros do comprimento, envergadura de 79 metros, 24 metros de altura e 845 metros quadrados de área das asas, o maior avião comercial do mundo pode ser visto chegando ao Brasil e sendo batizado no vídeo acima.
Para comparação, a aeronave que pode ser vista taxiando à frente do A380 na gravação, um Boeing 737-800 da Gol, tem 39,5 metros de comprimento, 34,3 metros de envergadura e 12,6 metros de altura. O gigante pertence à Emirates Airline e, em uma configuração para três classes (econômica, executiva e primeira classe), tem capacidade para transportar nada menos do que 525 pessoas. O 737-800, por sua vez, transporta um máximo de 189 passageiros.
O Airbus A380 tem um peso aproximado de 560 mil kg quanto totalmente carregado, mas seu valor máximo para decolagem é de 575 mil kg – deixando bons 15 mil kg de folga. Com velocidade de cruzeiro de 910 km/h, máxima de 970 km/h, limite de altura de voo de 13.136 metros e autonomia para viagens com até 15,7 mil km de distância.
Construindo o gigante
A fabricação desse monstruoso avião é feita praticamente inteira na cidade de Toulouse, no sul da França – onde também fica o escritório central da Airbus. Embora o interior e a maior parte da pintura sejam feitos em uma fábrica na cidade alemã de Hamburgo, a montagem também ocorre no município francês.
Enquanto algumas peças do A380 são transportadas por meio de outro gigante da Airbus, o Beluga, outras são movidas por meio de navios e até mesmo por vias terrestres. No caso dessas últimas, elas costumam ser tão grandes que até chegam a exigir a mobilização de cidades inteiras, com evacuação de veículos das vias públicas e até mesmo a retirada de placas de trânsito em seu caminho até Toulouse.


Fonte: TECMUNDO


domingo, 22 de novembro de 2015

RAIOS X DAS PROFISSÕES






O vídeo acima apresentado é de uma entrevista da Globo News, que foi realizada com uma Comissária bastante experiente na área.
É para você que pretende saber um pouco de tudo sobre o mundo tão maravilhoso e envolvente do comissário de bordo em uma só lugar.
 Aqui você vai tomar conhecimento de algumas informações referentes a como ingressar no ramo, informações importantes, interessantes e que talvez ainda não tenha tido a oportunidade de conhecer.
As informação são breves, porém, primordiais.
Caso tenha interesse em saber mais, basta navegar a bordo deste blog.
Muito bem vindo!!



sábado, 21 de novembro de 2015

O ALFABETO FONÉTICO


O que é o alfabeto fonético?

O alfabeto fonético trata-se de um conjunto de códigos compostos por símbolos e letras, usado em todos os lugares do mundo, por isso é chamado de internacional. 
O seu objetivo é saber pronunciar, de forma correta, as palavras de qualquer língua estrangeira. Também se pode dizer que o alfabeto fonético é um sistema que representa foneticamente as palavras escritas.
Por isso, para aprender o alfabeto fonético internacional, basta saber qual o som que deve ser emitido em cada símbolo ou letra. 
Quem não lembra de já ter visto este alfabeto pode pensar nas letras e símbolos, entre colchetes, que aparecem logo após os verbetes dos dicionários de língua estrangeira. 
Justamente esse conjunto de símbolos e letras, que parece formar um código, é o alfabeto fonético. 
Depois de entender onde esta ferramenta é usada, se torna mais fácil aprender o alfabeto fonético.


Como aprender o alfabeto fonético?

Como esse alfabeto utiliza letras que são conhecidas na língua portuguesa, a pessoa que deseja usá-lo vai ter que saber como é o som apenas das demais letras e símbolos que não conhece. Essa informação é, em geral, encontrada nas primeiras páginas dos dicionários de língua estrangeira, onde um índice vai descrever os sons de cada parte do código. Além do som emitido por cada letra, o alfabeto fonético faz uso de símbolos que definem algumas características da palavra, como entonação, por exemplo.

O alfabeto fonético na aviação

Para facilitar a transmissão de informações por rádio ou telefone, os serviços militares criaram os alfabetos de soletração, também conhecidos pelo nome de alfabeto radiotelefônico. 
Com os problemas de interferência, ruídos e a própria dificuldade de se fazer entender, devido à semelhança que algumas palavras possuem entre si, apesar de pertencerem ao mesmo idioma, mesmo antes da Segunda Guerra Mundial, os militares já faziam uso do alfabeto radiotelefônico.
Entretanto, somente durante a Segunda Guerra Mundial surgiu a necessidade de uniformizar os diferentes alfabetos, uma vez que, até então, existiam vários, um para a aeronáutica, outro para a marinha e outro para o exército. 
Alguns avanços foram conquistados, mas somente após o conflito é que os militares começaram a se preocupar mais em criar um alfabeto de soletração realmente eficiente.

E foi assim que tudo começou...


Brincadeirinha, claro!!!!

A foto acima apresentada é uma brincadeira, claro! Mas... diz ai... fica ou não fica mais fácil pra gravar ????
E se você quer aprender o alfabeto fonético e tem dificuldade,
 vai ser hoje ou nunca mais!


Espero que goste ;-)

sexta-feira, 20 de novembro de 2015

O QUE É SER UM COMISSÁRIO DE BORDO


O QUE É SER UM COMISSÁRIO DE BORDO - TAM



Esse vídeo é o mais importante de todos, pra mim! 

É inspirador!
Confesso que já assisti várias vezes e que não houve uma só vez que eu não tenha me emocionado. 
Ele me faz arrepiar... chorar e me faz sonhar cada vez mais.
É como se eu me visse ali, porque é ali que eu quero estar e esse é o sonho que eu quero sonhar. E sei que no momento certo eu vou realizar!
É uma delícia de se assistir. Vale apena!!  
 Não vejo a hora de estar lá e poder dar o melhor de mim, e de, principalmente, 
fazer o que mais mais amo e me faz feliz, que é trabalhar com o público.
Lidar com pessoas é um dom, é algo que não dá para explicar, tem que vir de dentro, tem que querer, não tem que simplesmente "gostar", tem que amar! 
E eu amo... eu quero... eu sonho... eu busco!
Estou em busca do meu sonho. E você?? Está em busca do seu??? 
Não tenha medo, vai lá... busque, busque com empenho e determinação. 
Sonhe, insista, persista e nunca desista!!!! 

Dure o tempo que durar, leve o tempo que levar... jamais desistirei de voar!!!!!



sábado, 14 de novembro de 2015

"A ÁGUIA E A GALINHA"


"A ÁGUIA E A GALINHA"

Era uma vez um camponês que foi à floresta vizinha apanhar um pássaro para mantê-lo cativo em sua casa. Conseguiu pegar um filhote de águia e colocou-o no galinheiro juntamente com as galinhas. Ela comia milho e ração própria para galinhas.
Depois de cinco anos, este homem recebeu em sua casa a visita de um naturalista. Enquanto passeavam pelo jardim, disse o naturalista:
– Esse pássaro aí não é galinha, é uma águia. 


– De fato (disse o camponês). É uma águia, mas eu a criei como galinha. Ela não é mais uma águia, transformou-se em galinha como as outras, apesar das asas de quase três metros de extensão.
– Não (retrucou o naturalista). Ela é e será sempre uma águia, pois tem um coração de águia, este coração a fará um dia voar às alturas.
– Não, não (insistiu o camponês). Ela virou galinha e jamais voará como águia.
Então decidiram fazer uma prova. O naturalista tomou a águia, ergueu-a bem alto e desafiando-a, disse:
– Já que você de fato é uma águia, já que você pertence ao céu e não à terra, então abra suas asas e voe.
A águia pousou sobre o braço estendido do naturalista, olhou distraidamente ao redor e para as galinhas embaixo ciscando grãos e pulou para junto delas.
O camponês comentou:
– Eu lhe disse, ela virou uma simples galinha.
– Não (tornou a insistir o naturalista). Ela é uma águia, e uma águia será sempre uma águia. Vamos experimentar novamente amanhã.
No dia seguinte, o naturalista subiu com a águia no teto da casa e sussurrou-lhe:
– Águia, já que você é uma águia, abra suas asas e voe, mas quando a águia viu lá embaixo as galinhas ciscando o chão, pulou e foi para junto delas.
O camponês sorriu e voltou à graça:
– Eu lhe havia dito que ela virou galinha.
– Não (respondeu firmemente o naturalista). Ela é águia, possuirá sempre um coração de águia. Vamos experimentar ainda uma última vez. Amanhã a farei voar.
No dia seguinte, o naturalista e o camponês levantaram bem cedo, pegaram a águia, levaram para fora da cidade, longe das casas dos homens, no alto de uma montanha. 
O sol nascente dourava os picos das montanhas.
O naturalista ergueu a águia para o alto e ordenou-lhe:  Águia, já que você é uma águia, já que você pertence ao céu e não à terra, abra suas asas e voe. A águia olhou ao redor, tremia como se experimentasse nova vida, mas não voou. Então o naturalista segurou-a firmemente, bem na direção do sol para que seus olhos pudessem encher-se da claridade solar e da vastidão do horizonte. Nesse momento, ela abriu suas potentes asas, grasnou com o típico kau-kau das águias e ergueu-se soberana sobre si mesma e começou a voar, a voar para o alto, a voar cada vez mais para o alto. Voou… voou… até confundir-se com o azul do firmamento.
Nós fomos criados à imagem e semelhança de Deus, mas há pessoas que nos fazem pensar como galinhas. Nós somos águias, por isso, abramos as asas e voemos. Voemos como águias. 
Cada pessoa tem dentro de si uma águia, ela quer nascer, quer sentir o chamado das alturas e ir em busca do sol, e é por isso que somos constantemente desafiados a libertar a águia que habita em nós.
Sejamos águias em nossas vidas, e não galinhas!

E aí,  já se preparou para alçar seus voos?


Leonardo Boff é um autor muitíssimo consagrado por suas obras publicadas, e que em seu livro “A Águia e a Galinha”, define muito bem o lado águia e galinha do ser humano. Ele nos leva a uma auto reflexão muito interessante. 
Leia, você não vai se arrepender . Descubra a águia que existe em você ;-) 
Boa leitura!!!!

quarta-feira, 11 de novembro de 2015

PERGUNTAS E POSSÍVEIS RESPOSTAS - ENTREVISTA TAM


PERGUNTAS DA ENTREVISTA INDIVIDUAL E POSSÍVEIS RESPOSTAS 


A etapa de seleção para comissários de voo na TAM será a entrevista em profundidade, onde o comissário de voo ficará sentado e será avaliado individualmente por duas ou até três selecionadoras.
Caso seja reprovado nesta fase, o candidato terá 06 meses de carência para participar novamente da seleção. Portanto, se prepare muito bem e vá confiante!

Nesta fase, o mais importante é controlar o nervosismo e responder todas as perguntas com muita tranquilidade, transmitindo confiança e objetividade. O que irá ajudar a controlar o nervosismo será, sem dúvida, saber sobre o que poderá ser perguntado. 
Desse modo, segue abaixo algumas perguntas que poderão ser feitas.

Antes de tudo, revise seu histórico profissional e analise sua situação pessoal, a fim de ter uma ideia mais clara do que as selecionadoras poderão lhe perguntar, pois se você já fez (ou está fazendo) faculdade, tem uma boa experiência em outra área, ou por exemplo, se você já é casado(a) e tem um(a) filho(a), as selecionadoras poderão encaminhar a entrevista para este aspecto, buscando uma brecha em seu discurso que o desqualifique como um potencial comissário da TAM.

Portanto, as perguntas poderão variar de candidato para candidato. 
Segue abaixo as perguntas mais comuns e alguns modelos de possíveis respostas:
- Por que você quer ser um comissário de voo?
Essa é uma pergunta clássica e óbvia, porém muitos candidatos ao cargo de comissário de voo se atrapalham ao responder esta questão.
Há diversas respostas possíveis, mesmo porque é algo subjetivo (depende muito de pessoa para pessoa), porém a dica é explorar as características inerentes à profissão de tripulante e aliá-las às suas características pessoais.
Por exemplo: quero ser comissário de voo porque admiro o ambiente da aviação, as possibilidades de crescer profissionalmente no setor, conhecer diferentes culturas, lidar com uma pluralidade de pessoas, etc... Como sou uma pessoa muito atenciosa e curiosa, adoro ser gentil com outras pessoas para poder ser facilmente aceito.
O mais importante ao responder esta pergunta será sua sinceridade e a coerência da resposta, ou seja, como você justifica esta escolha, mostrando que sabe que não é simplesmente uma profissão que vai lhe fazer conhecer o mundo, mas que tem consciência das dificuldades em ser um comissário de voo, como a distância da família, a responsabilidade pela segurança de voo, o cansaço após voos longos, etc....
- Por que a TAM deveria te contratar?

Para responder de forma precisa e certeira esta pergunta, uma boa dica é saber um pouco mais sobre a empresa aérea. Entretanto, a ideia é dizer algo como: Acredito que, além de me identificar com os valores da TAM, tenho as qualidades que a TAM exige para seus comissários de voo. O importante nesta resposta será provar à empresa que você tem o perfil de um comissário de voo TAM, sendo responsável, gentil, bem-humorado, alegre, entusiasmado e que pretende aproveitar todas as oportunidades que a empresa oferece para crescer como profissional, colaborando para o crescimento da empresa também.

- Por que você escolheu a profissão de comissário de voo?

Esta resposta pode ser muito semelhante à primeira pergunta - Por que você quer ser comissário de voo? O importante é ser sincero também e contar os motivos que o levaram a esta escolha. Como por exemplo, tenho dois amigos que são comissários de voo e a vontade surgiu após uma conversa que tive com eles. Fiz o curso, me identifiquei e comecei a me preparar para ingressar na profissão.
- O que você faz no seu tempo livre?

Nesta pergunta, as selecionadoras querem saber se você é uma pessoa que aproveita seu tempo livre de forma inteligente e responsável.
A resposta é simples, diga que gosta de ler livros interessantes (comente o último livro que leu), que gosta de ir ao cinema (comente sua última ida ao cinema ou último filme que assistiu em DVD), que gosta de sair com seus amigos, estudar línguas, ir à academia, etc...
Evite dizer que gosta de ficar em casa, assistindo TV ou ficar em casa com sua família.
Se você é uma pessoa mais caseira, prefira dizer que gosta de passear e/ou viajar com sua família, que gosta de almoçar na casa de parentes, etc...
 No entanto, se prepare, pois poderá ser questionado quanto ao fato de trabalhar em regime de escalas, chegando a ficar até seis dias fora de sua cidade natal (fato comum na profissão).

- O que lhe tira do sério?

Nesta pergunta é preciso mostrar maturidade e mostrar que você é uma pessoa equilibrada e que consegue sair de situações embaraçosas e estressantes sem se irritar. Fale que você é uma pessoa bastante tranquila e não sai do sério com facilidade, especialmente em situações onde sabe que deverá manter uma postura profissional. Evite dar exemplos de quando se irritou de verdade, comente uma situação, como por exemplo, com um irmão menor, mas fale que antes de ficar irritada reflete sobre a situação e entende que seu irmão é menor e não quis entrar no jogo dele evitando assim uma briguinha desnecessária.
- O que te faz feliz?

Mostre aqui seu espírito solidário, humilde e de bem com a vida, ou seja, mostre felicidade na sua expressão. A vida do profissional da aviação, em especial comissários de voo e pilotos é muito solitária e muitos aeronautas sofrem de depressão e carência emocional, portanto, jamais diga que às vezes fica triste e que chora por qualquer coisa.
Um exemplo de resposta poderá comentar que é difícil ficar triste, pois é uma pessoa extremamente de bem com a vida e que não é preciso muito para ficar feliz e contente. Diga diversas situações que lhe faz sorrir, como receber flores de um namorado, ajudar uma pessoa na rua com uma informação, fazer trabalho voluntário, etc...
Uma dica é comentar sobre participar na seleção e dizer que perceber que esta alcançando seus objetivos o deixa muito feliz e satisfeito consigo mesmo.
- Fale de três qualidades suas.

Seja sincero e fale sobre qualidades que você tem que se encaixam com o perfil de um comissário de voo.
Pode ser a vontade de se desenvolver, aprender e crescer profissionalmente, ou ainda a flexibilidade, dinamismo e criatividade param se adaptar a diferentes situações.
O que será avaliado será o conjunto da obra, portanto, não seja prepotente achando que você tem somente qualidades. Lembre que as avaliadoras são profissionais que estudaram muitos anos para estarem lá.

- Fale de três defeitos.

Comece falando que não enxerga como defeitos, mas sim como pontos a desenvolver e melhorar.
Afinal, quando sabemos que temos um ponto fraco fica mais fácil trabalharmos em cima deles, transformando-os em pontos fortes.
Desse modo, posso não ser um líder nato, porém estou sempre tentando melhorar meu espírito de liderança, pois às vezes não assumo uma posição de líder e é algo que sei que posso superar.
Nesta resposta vale também citar a falta de conhecimentos em idiomas, dizendo que procura ler e estudar no seu tempo livre a fim de aprender inglês, espanhol, francês, etc.
- Por que decidiu ser comissário de voo só agora?

Esta pergunta poderá ser feita para os profissionais que atuavam em outro campo ou que já tenham mais que 25 anos. A saída aqui é novamente ser sincero e dizer que a ideia não surgiu somente agora, pois já faz algum tempo que fez o curso e que antes de fazer o curso conversou com amigos e ou profissionais que trabalham como comissários de voo. Diga que após fazer o curso sua vontade aumentou ao passo que se identificou com a profissão, especialmente porque existe algo na profissão intangível que lhe chama a atenção como o fato de compartilhar conhecimentos e experiências não somente com colegas de trabalho, mas também com cada passageiro que irá servir e se relacionar. Evidencie todos os aspectos positivos da profissão levando ao selecionador a informação de que você não escolheu esta profissão à toa ou caiu de paraquedas.

- Para você o que é ser comissário?

Nesta resposta é importante que o comissário de voo mostre mais uma vez a maturidade e conhecimento que tem sobre a profissão. Por exemplo, poderá responder que é uma profissão de muita responsabilidade ao passo que o comissário é, acima de tudo, um agente de segurança à bordo que preza pela segurança e conforto dos passageiros. Os comissários de voo também representarão a companhia aérea para seus clientes, pois são os profissionais que mais passam tempo com os passageiros podendo reverter insatisfações e até perceber alguns pontos que podem ser levados a outras áreas como o departamento de marketing e administrativo. Visando sempre melhorar a imagem da empresa.
- Mas você não acha que pode lidar com o público em outros empregos também? 

Esta pergunta poderá ser feita para os comissários que respondem simplesmente “gosto de lidar com público” na pergunta sobre os motivos que o levaram a escolher a profissão, por isso é importante responder aquela pergunta dando motivos mais objetivos como o conhecimento que irá adquirir crescimento profissional ao vivenciar diversas culturas, etc... Portanto, evite que o selecionador lhe pergunte isto sendo mais abrangente na pergunta anterior. Caso ele faça esta pergunta, concorde citando um exemplo de sua experiência no atendimento ao público e reforce os outros aspectos da profissão de comissário de voo como, por exemplo, “Concordo. Eu, mesmo sem ainda trabalhar como comissário de voo, já trabalhei muito com público. Tenho toda minha experiência profissional voltada ao atendimento e relacionamento com clientes, porém o que me chama a atenção na profissão de comissário de voo é a diversidade cultural do público que lidamos. E esta diversidade me encanta, pois como gosto de trabalhar com público sei que vou aprender muito com cada um deles”.
- Como você encara o fato de trabalhar com escalas, chegando a ter com frequência jornadas de até seis dias, ficando pouco tempo com sua família?

Esta pergunta poderá ser feita para testar se o candidato realmente sabe que o comissário de voo tem que ser flexível. Portanto, responda dizendo que tem ciência deste fato e que já tinha costume de viajar à trabalho no seu emprego anterior (caso realmente tinha esta rotina), ou ainda que este é um fato que lhe chama a atenção na profissão, pois será um enriquecimento cultural muito grande viajar pelas principais cidades do país e até do mundo. Mostre que esta rotina será extremamente gratificante.

- Qual situação de voo você considera difícil e o que faria para reverter?

Nesta pergunta, mais uma vez, as selecionadoras estarão testando sua capacidade de enxergar os aspectos difíceis da profissão. O candidato poderá citar uma emergência comum como fogo à bordo, sequestro, morte à bordo, crianças bagunceiras, excursões de estudantes, gravidez, passageiros bêbados, assanhados, passageiros com enjoos, etc...
É interessante que o comissário cite até mais de uma situação, dizendo que ao contrário do que muitas pessoas podem pensar a vida do profissional não é feita somente de viagens. Enfim, cite uma situação e lembre-se das aulas que teve no curso de comissário para responder da melhor maneira a situação que destacou como difícil. Lembre-se de reforçar que acha tal situação difícil, porém está capacitado tecnicamente e emocionalmente para lidar e resolver de forma efetiva qualquer situação “difícil” à bordo.
- Por que você resolveu largar o seu atual emprego e mudar de profissão?

Nesta resposta as selecionadoras querem saber se não está lá ao acaso, e que você está atrás de um objetivo seja porque descobriu uma nova profissão ao conversar com outros profissionais da área, ou porque surgiu a ideia após uma viagem que fez, enfim, seja verdadeiro e organizado em suas ideias.
Um exemplo é citar o caso de um amigo ou que já tinha este plano, porém queria antes ter terminado sua faculdade (caso tenha), ter tido um pouco de experiência, etc. Cite sua trajetória de modo a mostrar à selecionadora que este é o seu momento em tornar-se um comissário de voo.
- Onde mora ou morava?

A pergunta poderá ser feito aos candidatos que não são da capital de São Paulo, Campinas ou Rio de Janeiro, pois como sabem a base de comissários da Avianca, TAM e da Gol é em São Paulo, da Azul em Campinas. As selecionadoras aqui querem saber se terá maturidade em morar longe dos pais e família. Expresse que você tem total apoio de sua família e que o fato de morar em outra cidade não é um obstáculo.
- Com quem seu filho ficaria?

A pergunta poderá ser feita para quem é casada (o) e tem filhos. A ideia aqui é assumir suas responsabilidades de mãe/pai e dizer que já pensou nisso até mesmo antes da entrevista e que tem planejado com quem ficará seu filho, como casa de pais, parentes, etc.... Uma sugestão é reforçar que apesar de trabalhar como comissário (a) de voo e ficar algum tempo longe de seu filho, o importante é pensar que com o trabalho poderá proporcionar um bom estudo para a criança e que terá seus momentos de folga e férias para passar com o filho. Mostre maturidade e responsabilidade tanto com o emprego quanto para com a criança.
- Uma palavra para definir a TAM?

Esta até parece uma pergunta fácil de ser respondida, mas evite cair no óbvio que seria dizer “o espírito de servir”, “entusiasmo”, “trabalho em equipe”, “humildade”, etc... Se o Departamento de Seleção não tivesse já percebido que você carrega estes valores consigo, provavelmente você não estaria neste estágio da seleção para comissários. Portanto, tente ser criativo e dizer algo que valorize sua resposta.
Algumas palavras pouco lembradas, mas que pensamos ser interessantes são: família, orgulho, paixão, brasileira, sonho, conquista, gentileza, superação, etc... Para cada uma delas, pense em algo que justifique sua escolhe relacionado aos valores da TAM. Por exemplo, se escolher “família” justifique dizendo que vê a empresa como uma grande família, onde há uma união muito forte entre todos os colaboradores que se orgulham de fazer parte da companhia.
- O que a TAM poderá esperar de você?

Esta pergunta é bastante pessoal, mas para respondê-la, vale lembrar-se de todos os aspectos comentados em outras respostas, como características valorizadas pela companhia aérea e qualidades imprescindíveis ao comissário de voo que poderão ser exploradas em seu discurso. Desse modo, o importante é ser sincero e coerente, mas também criativo e um pouco ousado. Afinal, quantas pessoas você acha que respondem “determinação”, “vontade de crescer”, entre outras respostas manjadas?
Ao invés destas palavras, por que não dizer “um profissional que pretende construir uma carreira dentro da empresa até chegar a sua presidência!” Com esta resposta, o comissário demonstra objetividade, determinação, vontade de crescer, entusiasmo, amor pela empresa, etc. Ou seja, tudo que uma organização espera de seu colaborador.
O importante nesta pergunta é que ela valoriza as pessoas criativas e que conseguem sair do senso comum, enxergando além. A dica é que você pense em sua melhor qualidade, explore-a e relacione com a profissão de comissário de voo. Por exemplo, se você é observador poderá dizer que o fato de gostar de observar fará com que perceba pequenos detalhes durante o voo que poderão ajudar a empresa melhorar constantemente o atendimento e serviço aos seus clientes, pois estará sempre observando atitudes, gestos e comentários dos passageiros.
Agora, se, por exemplo, acha que o seu forte são línguas estrangeiras, poderá evidenciar isto dizendo que já fala dois idiomas e pretende falar mais dois nos próximos anos e que será com grande satisfação que fará o serviço de bordo e elogiará a TAM para passageiros em mais de quatro idiomas. Enfim, seja sincero e original.
- O que você espera da TAM linhas aéreas?

Esta pergunta irá analisar se você realmente conhece a companhia aérea. Vale a pena ler a política de gestão de pessoas da TAM, na qual a empresa expressa sua relação com seus colaboradores. Este documento, por exemplo, destaca que a TAM considera seus funcionários o seu maior patrimônio e reconhece que a experiência, as habilidades e as competências destes serão um diferencial competitivo da companhia no mercado. O documento ainda afirma que a política de gestão de pessoas da TAM tem como foco principal valorizar o potencial humano, em um ambiente favorável ao desenvolvimento e à motivação das pessoas, levando-as a uma maior participação e comprometimento com a excelência do desempenho e dos resultados organizacionais.
Portanto, para responder a pergunta basta ser sincero e dizer tudo o que espera da companhia, frisando que haverá uma contrapartida de sua parte para que possa realmente esperar isto. Será algo recíproco!
Você poderá dizer, por exemplo, que fará o seu trabalho sempre com muita paixão, visando o seu desenvolvimento profissional e que espera da TAM treinamentos, capacitação e ferramentas que o ajudem a criar uma carreira de sucesso dentro da empresa, fazendo-o desenvolver todas as habilidades e competências que possui. Ou seja, do mesmo modo que você irá usar de toda sua experiência e conhecimento para ajudar a empresa a ser a melhor companhia aérea do mundo, você espera que a TAM seja uma parceira para um desenvolvimento profissional pleno.


FONTE: Meio Aéreo